Nem tudo o que escrevo na primeira pessoa se trata de mim, dos meus pensamentos ou dos meus sentimentos... Mas por vezes apetece-me escrever assim, coisas que podem não ser do "eu". Então aqui vai:
Prometi a mim mesma não voltar a escrever cartas para um "tu" que não existe ou talvez o "tu" exista e as cartas é que não deviam existir... Porque te diria qual é o caso?
A questão é, quando não se pode dizer o que se sente, o que resta senão escrever?
Por isso escrevo-te e penso que por algumas vezes ainda, até quando não sei, mas sei que não preciso de me preocupar de que um dia venhas a saber da existência destas cartas, porque são cartas sem destino.
Tinha muita coisa que gostava de te dizer, mas não estás aqui para que o possa fazer e mesmo se estivesses provavelmente não diria nem metade do que gostaria. Não vou escrever essas coisas desinteressantes que gostava que soubesses, por hoje apenas te escrevo/peço uma coisa: Por favor, não me faças ficar apaixonada por ti.
Ass: Alguém