tag:blogger.com,1999:blog-35662714798572663422024-02-19T00:13:44.360-08:00Memórias passadas, memórias futurasEscrevem-se coisas passadas, coisas imaginadas, desejadas ou sonhadas, coisas que para mim podem ter sido reais e para outros não, histórias e memórias do que foi ou que poderá vir a ser...Ellenhttp://www.blogger.com/profile/11003219973923127825noreply@blogger.comBlogger48125tag:blogger.com,1999:blog-3566271479857266342.post-16876857469731371782013-05-13T20:22:00.000-07:002013-05-13T11:23:12.909-07:00"Can two people really be meant to be? It would be
nice if it's true. That we all have someone out there waiting for us. Us
waiting for them. I'm just not sure I believe it.<br />
Maybe I do believe it... why not believe
it, really? Who doesn't want more romance in their life? Maybe it's just
up to us to make it happen. To show up and be meant for each other. At
least that way you'll find out for sure. If you're meant to be or not."Ellenhttp://www.blogger.com/profile/11003219973923127825noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3566271479857266342.post-86102837450896217402013-02-11T20:04:00.000-08:002013-02-11T11:04:29.290-08:00Entraste em minha vida naquele dia para me dar cabo do juízo e foste embora tão depressa como vieste. Fico a pensar se estarei louca... Louca por ti.<br />
Livraste-te tão depressa de mim mas não me pudeste ensinar como me poderei livrar de ti. Ellenhttp://www.blogger.com/profile/11003219973923127825noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3566271479857266342.post-27707434669598007872012-11-16T00:31:00.000-08:002012-11-16T15:35:49.044-08:00<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: x-small;">Por vezes pergunto-me, onde ficou aquele tempo em que ansiava por notícias tuas. Ficou o tempo perdido algures no meio desta enorme distância? Talvez. <span style="font-size: x-small;">É</span> quase engraçado, o facto, quanto mais perto estamos, mais há para escrever e para contar<span style="font-size: x-small;">.</span> <span style="font-size: x-small;">Q</span>uando estamos longe e o tempo passa e cada um vive a sua vida, as novidades deixam de existir. Cá e lá contamos algo que parece ser interessante, quando de facto não o é. As palavras ficam perdidas e deixamos de saber o que mais escrever... E o contacto perde-se, não por deixarmos de sentir saudades, não por não termos sido uma parte importante na vida do outro, simplesmente não encontramos as palavras. O que não quer dizer que não nos amemos, porque quando cruzamos aquela distância que nos separa, voltamos a encontrar o tempo, aqueles dias em que estávamos tão habituados a conversar e a conviver um com o outro. E parece que nada mudou afinal, parece que nunca houve tal distância. E isso serve de consolo, saber que apesar de não estares cá, de não fazeres parte da minha vida presente, quando nos encontrarmos de novo, damos conta que na essência das coisas nada mudou. Estás aí e és meu amigo e sei que sentirás o mesmo por mim. E é por isso que escrevo-te hoje, talvez por uma última vez por algum, ou mesmo longo tempo, escrevo-te para te garantir que não precisamos de ter medo que a nossa amizade se perca no tempo, porque sei que basta partir esta distância para as coisas voltarem ao mesmo. Sim, tenho saudades dos tempos de outrora em que estávamos juntos nos fins-de-semana e fazíamos coisas banais que nos davam alegria porque estávamos juntos de pessoas que amamos. Talvez as palavras se tenham perdido mas as memórias não. E sabe bem ter a certeza que não são apenas memórias passadas mas que haverá também boas memórias futuras. Queria que soubesses isso.</span></span><br />
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: x-small;">Ellen </span></span></div>
Ellenhttp://www.blogger.com/profile/11003219973923127825noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3566271479857266342.post-56129112209639956542012-06-23T12:11:00.002-07:002012-06-23T12:24:25.994-07:00Escuta<span style="font-size: x-small;">Escuta.</span><br />
<span style="font-size: x-small;">Consegues ouvir? Aquela voz irritante que persiste em dizer: não há história, não há segredo.</span><br />
<span style="font-size: x-small;">Não escutes essa voz... Escuta.</span><br />
<span style="font-size: x-small;">Ouves o som da Natureza? Consegues ver aquela beleza? </span><br />
<span style="font-size: x-small;">Tudo confuso. Vejo no teu olhar que não entendes nada e não me apercebo que não te vejo a ti mas sim o reflexo do meu próprio olhar confuso.</span><br />
<span style="font-size: x-small;">Deixa-me contar-te uma história. Escutas?</span><br />
<span style="font-size: x-small;">Não sei como começar pois estas palavras não são a minha história. Tu és a minha história.</span><br />
<span style="font-size: x-small;">O primeiro capítulo da nossa história e nem sei se sequer fazes ideia da existência dela.</span><br />
<span style="font-size: x-small;">Será uma história com final feliz? Com final triste? Sem final algum? Será que essa história passará do primeiro capítulo? Não sei... Deixo-me surpreender por ela, qual é a piada de ler um livro cujo fim já nos é conhecido? </span><br />
<span style="font-size: x-small;">Queres saber um segredo? Tu és o meu segredo.</span><br />
<span style="font-size: x-small;">Escuta, deixa-me que te conte, vais-te lembrar?</span><br />
<span style="font-size: x-small;">Esse livro que conta a nossa história, queres lê-lo comigo? Vamos subir aquele monte onde se vê o pôr do sol, senta-te ao meu lado e não precisarias de ler pois a história estaria a acontecer.</span><br />
<span style="font-size: x-small;">Escuta aquela voz que te conta o meu segredo. A voz que te conta aquela história.</span><br />
<span style="font-size: x-small;">Quanto a mim, ouço aquela voz irritante que persiste em dizer que não há segredo. Que não há história.</span><br />
<span style="font-size: x-small;">Não escuto.</span><br />
<span style="font-size: x-small;"><br /></span><br />
<span style="font-size: x-small;">Ellen</span>Ellenhttp://www.blogger.com/profile/11003219973923127825noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3566271479857266342.post-61684550340784568112012-06-23T11:56:00.001-07:002012-06-23T11:59:30.759-07:00Back...<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-small;">Já passou tanto tempo e tão depressa que nem dei por ele a passar.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-small;">Sempre soube que um dia voltaria aqui. Que voltaria a deixar em palavras aqueles sentimentos que penso sentir ou os pensamentos que desejo inventar. Serão reais? Não sei dizer...</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-small;">Lá fora escurece e não tenho noção das horas... Entardece. Ouço o ribombar dos trovões e de vez em quando os raios de luz parecem atravessar este pequeno quarto iluminado apenas por uma vela.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-small;">Nunca ouvi tal trovoada, parece que a qualquer momento as paredes vão abaixo. Se tenho medo? Não. Não receio a trovoada mas desejava não estar aqui sozinha. Ocorres-me nos pensamentos, aquele teu sorriso que faz toda a escuridão desaparecer. Quanto tempo passou desde a última vez que vi esse sorriso? Semanas? Meses? Não, nem dias nem horas nem minutos pois vejo esse sorriso teu que está presente na minha mente. Se pudesses estar aqui comigo, aconchegar-me-ia nos teus braços, fecharia os olhos e ouviríamos a trovoada juntos até adormecer. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-small;">Mas não fecho os olhos nem adormeço pois estou sozinha neste quarto, guardando o meu segredo, vejo a luz da vela tão pequenina que mal ilumina o quarto entretanto escuro, como uma esperança que treme à beira de se apagar. Mas essa luz não se apaga sozinha, apenas se eu deixar... E alimento a esperança com a tua presença e penso se alguma vez estou presente na tua mente também assim?</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-small;">Apago a vela.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-small;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-small;">Ellen</span></div>
<br />Ellenhttp://www.blogger.com/profile/11003219973923127825noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3566271479857266342.post-36006243724365507472012-03-07T22:01:00.001-08:002012-11-04T07:21:08.623-08:00Entrelinhas da Vida - Capítulo 5 - Palavras sem voz<div style="text-align: justify;">
Existem muitas pessoas na nossa vida que amamos. Temos o nosso grupo de amigos, a nossa família e sentimo-nos preenchidos, sentimos que não precisamos de mais ninguém para sermos felizes. E no entanto, é incrível como o nosso coração tem lugar para tanta gente. E sempre há a porta aberta à espera de mais alguém para entrar. Pelo menos era assim no caso de Anny. Fazer novas amizades, conhecer novas pessoas, novas personalidades, era algo que ela gostava imenso. </div>
<div style="text-align: justify;">
No entanto, por vezes conhecemos pessoas que desejaríamos nunca ter conhecido. Talvez porque são do tipo de pessoa que não suportamos ou talvez apenas a tenhamos conhecido em circunstâncias erradas.</div>
<div style="text-align: justify;">
Naquele dia, um dia como outro qualquer, com a única diferença de que Anny acordara extremamente mal disposta, sem vontade nenhuma para nada, o céu estava de um estranho cinzento e coberto de nuvens que não deixavam adivinhar se vinha chuva ou sol...<br />
O dia começara mal e pelos vistos iria acabar da mesma maneira, primeiro Anny teve de se levantar demasiado cedo para aturar o chefe, a torneira da casa de banho não parava de pingar e ela ainda não arranjara tempo de a consertar, as paredes do corredor precisavam urgentemente de uma pintura por causa da humidade e estava um frio desagradável. Ao sair de casa ia entalando a gata na porta, sem querer, e ela fugiu a miar assustada. As escadas estavam um pouco cobertas de musgo e Anny escorregou os últimos dois degraus no exacto momento em que duas senhoras de idade passavam pelo caminho. As calças ficaram com marca verde num dos lados mas Anny não tinha vontade de voltar para mudar de roupa, já que estava ligeiramente atrasada, e atraso era algo que o chefe não aturava de forma alguma.<br />
O chefe estava mal disposto e chateava-se por cada pequeno pormenor o que deixou Anny ainda mais mal humorada. Era sem dúvida um dia para esquecer.<br />
Mas, a gota de água veio no final do dia. O céu continuava cinzento, sem chuva, sem sol, chuva que poderia vir a qualquer momento e sol que poderia aparecer a qualquer momento. Anny saiu do trabalho quase uma hora e meia depois do suposto, o que não ajudava nada em melhorar o dia, pensou na torneira por arranjar, ainda tinha de ir ás compras se quisesse algo para o jantar, e estava um frio ainda mais desagradável do que de manhã. Anny andou apressadamente, primeiro pela rua quase deserta, depois por meio de uma multidão de gente, depois novamente por uma rua quase deserta e quando estava quase a chegar a casa, ao virar da esquina um jovem vinha a correr do outro lado e bateu em cheio nela. A mala voou e como o fecho estava meio aberto as coisas espalharam-se pelo chão e Anny teria o mesmo fim não tivesse ele agarrado o braço dela segurando-a de modo que ela conseguisse voltar a ganhar o equilíbrio. Aliás, segurou-a com tanta força que até magoou. Depois abaixaram-se ao mesmo tempo para ajuntar o material caído e deram uma cabeçada um no outro. Anny estava super desconcentrada e irritada, pela influência daquele dia e por tudo que lhe corria mal e disse sem esconder as suas emoções:<br />
- Tenha mais cuidado.<br />
O pior de tudo é que o jovem nem se deu ao trabalho de pedir desculpa, apenas olhou também desconcertado para ela e levantou as mãos num gesto de: a culpa não foi minha...<br />
Idiota. Anny meteu tudo na mala apressadamente mas teve de voltar a tirar e meter de novo direito para caber tudo. O jovem continuava a olhar para ela, ao menos fosse embora.<br />
Alguns segundos depois Anny continuou o seu caminho e só reparou que o jovem a seguia quando este lhe tocou de leve no braço para chamar a sua atenção. Anny virou-se impacientemente e ficou a espera das palavras, provavelmente de desculpa que sairiam da sua boca. Esperou mas não veio nada. Por um momento ele abriu a boca como que para dizer algo mas depois ficou apenas ali parado e mudo. Levantou mais uma vez ambas as mãos no gesto de: não fui eu, depois virou-se e foi embora.<br />
Idiota.<br />
Anny chegou a casa e nem reparou que o sol finalmente aparecera um pouco puxando as nuvens cinzentas para longe.<br />
</div>
Ellenhttp://www.blogger.com/profile/11003219973923127825noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3566271479857266342.post-74123352290450237122011-12-27T21:47:00.000-08:002012-11-04T07:21:34.077-08:00<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-small;">Quem és tu, que entraste assim na minha vida, sem pedir autorização? Tu que vens e vais sem explicações, que prometes o que eu não quero e não cumpres o que espero? Quem és tu, que pensas que sou uma porta cuja chave te pertence? Porque me marcaste com tanta força que não aguento ficar ao teu lado e no entanto não gosto de ficar longe de ti? Por vezes dou por mim a pensar, se no final de contas sou tão importante para ti como tu para mim... E penso que se te perguntasse provavelmente dirias que eu ainda o era mais... Mesmo assim, não consegues cumprir as minhas expectativas, aquelas que tenho, mesmo sem querer, da mesma forma que nunca conseguirei cumprir o que desejarias de mim. E é assim... chega-me à mente aquela tão famosa frase: "não consigo viver sem ti mas também não consigo viver contigo". E no entanto, os rumos das nossas vidas talvez levem a isso. Ao "viver sem ti". Sei que esse será provavelmente o nosso futuro. Um futuro sem um "nós". Não teria de ser assim, talvez não tivesse mas entre o "contigo" ou o "sem ti", no fim escolheria o "sem ti". Mas não consigo deixar-te de parte em minha vida. Talvez por teres feito tanto parte dela, mesmo não estando presente agora, existe aquela parte só tua... E ambos chegamos ao momento em que as expectativas deixam de existir, não me és indiferente da mesma forma que quero acreditar que não o sou para ti, mas chegou o momento em que acabou. Acabou a expectativa de promessas não cumpridas ou desejos não realizados, talvez já nos conhecemos tanto que sabemos que já não existe nada à espera um do outro. Porque as coisas são como são, tomaram o rumo que tomaram e talvez no final de contas tenha sido pelo melhor. E não me arrependo que tenha sido assim.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-small;"><br />
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-small;">Ellen</span></div>
Ellenhttp://www.blogger.com/profile/11003219973923127825noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3566271479857266342.post-74748457725201399272011-11-27T22:08:00.000-08:002011-11-27T13:08:08.524-08:00<div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;"> Custa tanto dizer adeus a uma pessoa que amamos e no entanto... por vezes é o melhor que podemos fazer. </span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;"> E eis que a história fica resolvida. Pela maneira mais dura, pela maneira mais fácil... Vais-te embora e eu fico. Sem nenhuma promessa de espera, sem nenhuma promessa que poderia ser quebrada. Quem diria que as coisas se resolveriam tão facilmente... Vou sentir saudades tuas. Sei que sim, mas quero acreditar que um dia deixarei de senti-las. E desejo ardentemente a chegada desse dia.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;"> Até lá.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;"> Ellen</span></div>Ellenhttp://www.blogger.com/profile/11003219973923127825noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-3566271479857266342.post-88825362614762623542011-11-16T18:08:00.000-08:002011-11-16T09:08:36.371-08:00Entrelinhas da Vida - Capítulo 4 (cont.) - Algo inesperado<div style="text-align: justify;"> Não sou de escrever textos ou histórias e muito menos diários, nunca fui desse género e penso que nunca serei. Portanto não sei explicar, porque raio me deu para descrever o dia de hoje. Talvez seja pelo facto de ter sido um dia diferente ou um dia que, penso eu, de alguma forma mudará a minha vida ou pelo menos parte dela.</div><div style="text-align: justify;"> Não gosto de trovoada, não digo que tenha medo, pelo menos não entro em pânico o que já é bom, simplesmente não gosto. Hoje fez trovoada e de que maneira, parecia que o tecto da escola nos ia cair em cima.<br />
À tarde, durante a última aula de instrumento, tivemos uma visita. Estava a acompanhar a minha professora de piano com o violino numa música super complicada e foi tão giro porque estávamos tão concentradas a tocar que a chuva e a trovoada pareciam que estavam lá no longe... Estávamos tão empenhadas que nem nos demos conta que dois senhores tinham entrado na sala e estavam a ouvir-nos. Quando acabamos eles foram falar com a professora e por fim veio a grande novidade de que haveria um grande concurso, de vários países do redor, e que eles estavam à procura de talentos nas várias escolas de música para participarem. E querem que eu também participe!<br />
A professora diz que é uma oportunidade única e que aquilo vai ser de grande valor para a minha aprendizagem. Estou curiosa no que vai dar... E ansiosa também. O concurso vai ser na Alemanha e mesmo que não ganhe mais nada, pelo menos vou ter a viagem para um país que nunca fui. Daqui a cerca de 4 semanas vou para lá. E agora que voltei para casa e a chuva continua e a trovoada também, meu remédio é continuar a tocar também. E quanto à escrita, duvido que volte a escrever... Vou buscar o violino.<br />
<br />
Maggie<br />
<br />
</div>Ellenhttp://www.blogger.com/profile/11003219973923127825noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-3566271479857266342.post-58732560692964689102011-11-14T21:20:00.000-08:002012-11-04T07:21:44.887-08:00<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgtaeSh9RU7sIegwNO2hoKHe_GTkPIYBhKtiOfoPW0kiTsgtqusyRUZml5iSy2Bu19ZyNOnRHydy3VXQ4XhS9gvdyvWxYfebyQ36qvv-XQHAmeIY-huaWduIIzrXnJ6jyV1XnZ7mHr2VSw/s1600/P1230609.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="151" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgtaeSh9RU7sIegwNO2hoKHe_GTkPIYBhKtiOfoPW0kiTsgtqusyRUZml5iSy2Bu19ZyNOnRHydy3VXQ4XhS9gvdyvWxYfebyQ36qvv-XQHAmeIY-huaWduIIzrXnJ6jyV1XnZ7mHr2VSw/s400/P1230609.JPG" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;">Dou por mim muitas vezes a pensar que posso ser muito feliz por não ser igual a muitas pessoas que me rodeiam. Não por acreditar que seja algo melhor que elas, de forma alguma, mas posso sentir-me feliz por não viver a vida que elas vivem e já viveram. Comparando a minha vida com a delas penso que até é injusto os sofrimento pelo qual essas pessoas passaram e ainda passam e a minha bela vida. É claro que a minha vida também não é perfeita e já passei por algumas coisas também mas isso se torna em nada quando olho para aquelas pessoas marcadas pela vida, algumas com cicatrizes tão profundas e visíveis que ficam para sempre. Não consigo imaginar como seria se tivesse de passar pelo que eles passaram. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;"> À primeira vista e talvez mesmo à segunda ou terceira não te dás conta que são pessoas com problemas tão grandes que ficam afectadas psicologicamente para sempre. À primeira vista parecem pessoas normais com sentimentos e problemas normais e muitas vezes podes passar anos a conviver com essas pessoas sem realmente te dares conta que algo não está certo. Mas se prestarmos atenção a pequenos pormenores ou apenas escutarmos as coisas que nos contam, observarmos aquelas mudanças radicais de humor sem razão aparente, a apatia ou a hiper-actividade, a sensibilidade, a agressividade... Tudo são marcas do passado que tiveram. Porque sim, não são pessoas doidas ou anormais ou problemáticas, são pessoas marcadas. E penso em quanto cuidado é preciso para lidar bem com essas pessoas e tudo o que tento é ajudá-las de alguma forma sem dar a impressão errada de ser alguma psicóloga ou algo do género para elas. Quero ser amiga e no entanto é preciso saber os limites que esse tipo de amizade pode ter. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;"> Gosto imenso de conhecer pessoas, conhecer as personalidades de cada um, o porquê de alguém ser como é e fazer as coisas que faz. Acho a mente humana tão fascinante e no entanto sei que não seria de modo algum adequada para esse tipo de profissão, psicóloga ou acompanhante de jovens problemáticos etc... Porque nem sempre faço as coisas como seria correcto fazê-las. Não trato as pessoas como deveria e tanta vez que penso à noite do que fiz mal neste dia, porque respondi mal quando algum deles disse algo estúpido ou fez algo mal. Não tenho o controle suficiente sobre mim mesma para deixar as minhas emoções de lado e deixar apenas a razão falar. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;"> E é assim que passo cada dia, tentando ou pelo menos pensando que irei tentar dar o meu melhor, para ser amiga e ajudá-los, penso neles com carinho, pois ao contrário do que sempre imaginei, sendo pessoas diferentes, levando como se costuma dizer uma "má vida", quando os conhecemos e vivemos e lidamos com eles damo-nos conta que afinal são iguais a qualquer um, apenas tiveram o azar de ter uma vida triste e complicada. E por isso penso: sou feliz, posso estar mil vezes agradecida de não ser como eles. De não ter de viver a vida deles. E é apenas por isso.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;"><br />
</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;">Ellen</span></div>
Ellenhttp://www.blogger.com/profile/11003219973923127825noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3566271479857266342.post-72555582659281615692011-11-02T11:17:00.000-07:002011-11-02T11:17:07.132-07:00<span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;">Como podes ter saudades de algo que nunca foi teu?</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;">Porque sonhas e continuas a sonhar com o impossível?</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;">Quando vais finalmente abrir os olhos para a realidade e dar-te conta que a realidade é a única coisa que pode ser tua?</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;">Acorda.</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;"><br />
</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;">Ellen</span>Ellenhttp://www.blogger.com/profile/11003219973923127825noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-3566271479857266342.post-91647985761175620242011-10-26T00:41:00.000-07:002011-10-25T15:43:17.314-07:00<div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: xx-small;"> <span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"> Nem tudo o que escrevo na primeira pessoa se trata de mim, dos meus pensamentos ou dos meus sentimentos... Mas por vezes apetece-me escrever assim, coisas que podem não ser do "eu". Então aqui vai:</span></span></div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif; font-size: xx-small;"><br />
</span><br />
<div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif; font-size: xx-small;"> </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif; font-size: xx-small;"> Prometi a mim mesma não voltar a escrever cartas para um "tu" que não existe ou talvez o "tu" exista e as cartas é que não deviam existir... Porque te diria qual é o caso?</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif; font-size: xx-small;"> A questão é, quando não se pode dizer o que se sente, o que resta senão escrever?</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif; font-size: xx-small;"> Por isso escrevo-te e penso que por algumas vezes ainda, até quando não sei, mas sei que não preciso de me preocupar de que um dia venhas a saber da existência destas cartas, porque são cartas sem destino.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif; font-size: xx-small;"> Tinha muita coisa que gostava de te dizer, mas não estás aqui para que o possa fazer e mesmo se estivesses provavelmente não diria nem metade do que gostaria. Não vou escrever essas coisas desinteressantes que gostava que soubesses, por hoje apenas te escrevo/peço uma coisa: Por favor, não me faças ficar apaixonada por ti.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif; font-size: xx-small;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: xx-small;"> Ass: </span><span class="Apple-style-span" style="font-size: xx-small;">Alguém</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: xx-small;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br />
</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: xx-small;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br />
</span></span></div>Ellenhttp://www.blogger.com/profile/11003219973923127825noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-3566271479857266342.post-51993772776733169592011-10-20T09:00:00.000-07:002012-11-04T07:21:57.811-08:00Better TogetherAchei a letra desta música tão linda que tive de partilhar:<br />
<span class="Apple-style-span" style="background-color: white;"></span><br />
<div class="cor_t" style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; color: #333333; font-family: 'Trebuchet MS', Arial, sans-serif; font-size: 11px; font: normal normal normal 12px/normal Arial; line-height: 1.5; padding-bottom: 20px; padding-left: 15px; padding-right: 0px; padding-top: 15px;">
"There's no combination of words I could put on the back of a postcard<br />
No song that I could sing but I can try for your heart<br />
Our dreams and they are made out of real things<br />
Like a shoebox of photographs with sepia-toned loving<br />
Love is the answer at least for most of the questions in my heart<br />
Why are we here? And where do we go? And how come it's so hard?<br />
It's not always easy and sometimes life can be deceiving<br />
I'll tell you one thing, it's always better when we're together</div>
<div class="cor_t" style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; color: #333333; font-family: 'Trebuchet MS', Arial, sans-serif; font-size: 11px; font: normal normal normal 12px/normal Arial; line-height: 1.5; padding-bottom: 20px; padding-left: 15px; padding-right: 0px; padding-top: 15px;">
Hum it's always better when we're together<br />
Yeah we'll look at the stars when we're together<br />
Well it's always better when we're together<br />
Yeah it's always better when we're together</div>
<div class="cor_t" style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; color: #333333; font-family: 'Trebuchet MS', Arial, sans-serif; font-size: 11px; font: normal normal normal 12px/normal Arial; line-height: 1.5; padding-bottom: 20px; padding-left: 15px; padding-right: 0px; padding-top: 15px;">
And all of these moments just might find their way into my dreams tonight<br />
But I know that they'll be gone when the morning light sings<br />
Or brings new things for tomorrow night you see<br />
That they'll be gone too, too many things I have to do<br />
But if all of these dreams might find their way into my day to day scene<br />
I'd be under the impression I was somewhere in between<br />
With only two, just me and you, not so many things we got to do<br />
Or places we got to be we'll sit beneath the mango tree now</div>
<div class="cor_t" style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; color: #333333; font-family: 'Trebuchet MS', Arial, sans-serif; font-size: 11px; font: normal normal normal 12px/normal Arial; line-height: 1.5; padding-bottom: 20px; padding-left: 15px; padding-right: 0px; padding-top: 15px;">
Yeah it's always better when we're together<br />
Hum we're somewhere in between together<br />
Well it's always better when we're together<br />
Yeah it's always better when we're together</div>
<div class="cor_t" style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; color: #333333; font-family: 'Trebuchet MS', Arial, sans-serif; font-size: 11px; font: normal normal normal 12px/normal Arial; line-height: 1.5; padding-bottom: 20px; padding-left: 15px; padding-right: 0px; padding-top: 15px;">
I believe in memories they look so, so pretty when I sleep<br />
And now when, when I wake up you look so pretty sleeping next to me<br />
But there is not enough time<br />
And there is no song I could sing<br />
And there is no combination of words I could say<br />
But I will still tell you one thing<br />
We're better together"</div>
<div class="cor_t" style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; color: #333333; font-family: 'Trebuchet MS', Arial, sans-serif; font-size: 11px; font: normal normal normal 12px/normal Arial; line-height: 1.5; padding-bottom: 20px; padding-left: 15px; padding-right: 0px; padding-top: 15px;">
Jack Johnson</div>
<div class="cor_t" style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; color: #333333; font-family: 'Trebuchet MS', Arial, sans-serif; font-size: 11px; font: normal normal normal 12px/normal Arial; line-height: 1.5; padding-bottom: 20px; padding-left: 15px; padding-right: 0px; padding-top: 15px;">
<br /></div>
Ellenhttp://www.blogger.com/profile/11003219973923127825noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3566271479857266342.post-29921698603778643532011-10-13T00:12:00.000-07:002011-10-13T15:12:34.993-07:00<div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;"> A noite cai fora da janela do meu quarto e eu fico à espera, apesar de saber ser uma espera vã. Penso nos tempos que já lá vão, os anos que passaram as coisas que construímos, que partimos e voltamos a construir... </span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;"> Um dia decidi que não escreveria mais nada deste género e principalmente que nunca te mostraria nada do género mas acho que não preciso de me preocupar disto chegar as tuas "mãos"... Não tens tempo para tal...</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;"> E é tão verdade, pensamos que não, tentamos acreditar que não, que as coisas não mudam mas no final elas acabam por mudar. Dizem que não existe distância para a amizade, eu sempre acreditei que não, duas pessoas podem estar no outro lado do mundo e ainda assim serem amigos. Podes acreditar nisso e podes tornar isso real. Não é a distância que importa, o que realmente importa é como vives com essa distância. Como deixas que essa distância afecte a vossa relação. O problema não é a distância... o problema ou és tu ou sou eu. Ou ambos.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;"> O tempo passa e sinto-te afastar, assim do nada, de um dia para outro vais cada vez para mais longe. E eu fico à espera de braço estendido, à espera que olhes para trás e vejas que eu ainda cá estou à tua espera. Andas tão envolto no teu mundo, aquele mundo no qual me fizeste acreditar que eu fazia parte, que não vês as coisas que estás perdendo. Essas preocupações, medos, tristeza que não te posso tirar e que te fazem perder a visão de tudo o resto. Fico aqui sentada, sabendo neste momento que apenas sinto saudades. Tantas. Tentei correr atrás de ti mas não deixas que te alcance, então não corro mais. Fico apenas à espera que te vires e me vejas e te recordes do dia em que disseste que ficavas tão feliz se no futuro, "quando aquele velhote chegar" eu fizesse parte da tua vida. Se assim será ou não, depende de ti. Não posso correr mais atrás do vento sabendo que não o consigo alcançar. Mas ficarei à espera, não posso prometer que vou esperar para sempre mas mesmo assim, provavelmente quando olhares para trás ainda cá estarei. </span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;">Ellen</span></div>Ellenhttp://www.blogger.com/profile/11003219973923127825noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3566271479857266342.post-22317106956887909202011-10-11T20:31:00.000-07:002011-10-11T11:31:11.103-07:00<span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;"> Não tenhas medo... porque estas cartas que te escrevo não são para ti. Jamais terás de ler estas palavras insensatas... Não tens de te preocupar. Continua aliviado.</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;"><br />
</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;">Ellen</span>Ellenhttp://www.blogger.com/profile/11003219973923127825noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3566271479857266342.post-2072067705237237852011-10-02T08:53:00.000-07:002012-11-04T07:22:41.251-08:00<span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;">"<span class="Apple-style-span" style="background-color: white; color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> When I've been lost you've always been there to bring me back, so on this day, at this moment, I pledge the rest of my life to you. You've always believed in me, and I believe in you. When you believe in someone it's not for a minute, or just for now, it's forever."</span></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="background-color: white; color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;"><br />
</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="background-color: white; color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;">Smallville</span>Ellenhttp://www.blogger.com/profile/11003219973923127825noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3566271479857266342.post-32817402050808295922011-09-13T21:04:00.000-07:002011-09-13T12:04:59.742-07:00Se... pudesses mudar um dia da tua vida<div style="text-align: justify;"> <span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;">Existem tantas coisas, acontecem tantas coisas por causa de um pequeno acaso que se não fosse aquilo naquele momento, toda a vida de alguém seria completamente diferente. Se pudéssemos mudar uma dia, ou uma única tarde ou uma hora ou mesmo apenas um minuto da nossa vida tanta coisa que seria ou não seria... O acaso, o estar no momento errado no local errado ou fazer a coisa errada ou mesmo dizer a coisa errada pode mudar uma vida ou mais do que uma.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;"> E por vezes, por uma coisa aparentemente tão pequena, algo que fizemos sem pensar, sem querer podemos ter posto em risco a felicidade de outras pessoas e o pior de tudo é quando, querendo ou não, somos culpados e por nossa causa uma pessoa que amamos ou mais que uma, podem ser infelizes o resto da vida. E não há nada que possamos fazer para impedir ou mudar, porque aquilo que erramos naquele dia, naquela hora, o que causou, não é reversível. E no final de contas, não podemos mudar um dia que já passou... E no fim és a pessoa que destruiu a vida de alguém que amas. Como podes viver com isso? Como poderei viver com isso?</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;"> Ellen</span></div>Ellenhttp://www.blogger.com/profile/11003219973923127825noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3566271479857266342.post-89653316448808249282011-09-10T19:07:00.000-07:002011-09-10T10:08:00.714-07:00O não saber<div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;"> Este não saber... Este não saber constante até um dia eu deixar de não saber e passar a saber... Podes ter quase certeza de algo e no entanto não sabes ao certo e pensas e sonhas... E queres tanto saber, todos os dias pensas se sim ou se não e sabes que é assim agora mas um dia terás certeza e tens medo desse dia, tens medo de que o que pensas saber, medo de que a tua quase certeza se torne mesmo certeza... Não sei, tenho quase certeza mas não sei e espero pelo dia em que descobrir... Não sei se quero que esse dia chegue depressa ou não, não sei porque me ponho a pensar, não sei porque me ponho a escrever sobre isto... Simplesmente não sei.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;">Ellen</span></div>Ellenhttp://www.blogger.com/profile/11003219973923127825noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3566271479857266342.post-39320833259912386922011-08-26T08:57:00.000-07:002012-11-04T07:23:14.443-08:00Entrelinhas da Vida - Capítulo 4 (cont.) - E as estrelas brilham lá no longe...<div style="text-align: justify;">
Porque as vezes o estar longe também pode ser bom, mesmo que a vontade seja estar perto.</div>
<div style="text-align: justify;">
Era uma noite de Verão calma, não fazia nem frio nem calor, estava um tempo muito agradável.</div>
<div style="text-align: justify;">
May estava sozinha, deitada de costas na relva, como tantas vezes fazia, a olhar o céu. O céu estava coberto de estrelas que brilhavam felizes na noite clara, tantas, tantas que até pareciam estar pertinho. </div>
<div style="text-align: justify;">
Deitada no chão no meio da noite, os pensamentos de May voavam para longe. Já passara algum tempo desde a última vez que ela estivera com Gonçalo, demasiado tempo a seu ver, mas era assim a vida deles. Um longe constante um do outro que resultava numa saudade constante também. </div>
<div style="text-align: justify;">
May pensou sobre a última vez que estiveram juntos, e lembrou-se também de Martinha, aquela menina incomum que vivia durante algum tempo com Gonçalo.</div>
<div style="text-align: justify;">
Depois pensou quando é que poderia voltar novamente para perto deles mas desistiu desse pensamento pois chegou à conclusão que não fazia a mínima ideia quando seria. Podia levar muito tempo ainda...</div>
<div style="text-align: justify;">
E se as coisas fossem diferentes? Tantas pessoas que têm a pessoa que amam a seu lado e não dão valor e outros que tanto gostariam de estar perto não podem... May pensou como seria se pudessem estar juntos sempre que quisessem, mas não havia pressas, May não tinha problemas em esperar. </div>
<div style="text-align: justify;">
Ao olhar o céu estrelado, May lembrou-se de um dia quando os dois estavam sentados no tecto de sua casa a olhar o céu também e Gonçalo dissera:</div>
<div style="text-align: justify;">
- Vês como as estrelas são lindas lá no longe? E são tão lindas exactamente por estarem longe. Se estivessem ao nosso lado não poderíamos apreciar a sua beleza... O longe não tem de ser algo mau. E não vamos esquecê-las por estarem longe. Há noites em que não as vemos ou apenas vemos algumas delas mas elas sempre estão aí em cima a lembrar-nos que existem, a mostrar-nos a sua beleza. São como nós, estamos longe um do outro, talvez haja dias em que nem ouvimos nada um do outro mas temos sempre certeza que estamos aí. E vamos ficar aí.</div>
<div style="text-align: justify;">
Quem sabe se naquele momento, algures lá no longe Gonçalo não fazia o mesmo, olhava as estrelas que eram exactamente as mesmas e sabia que May estava aqui, à sua espera. Ou talvez o céu estivesse escuro e as estrelas tapadas por nuvens, mas fosse como fosse elas lá estavam. Longe mas brilhavam na mesma.</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: right;">
(continua...)</div>
<div style="text-align: right;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
Ellenhttp://www.blogger.com/profile/11003219973923127825noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3566271479857266342.post-22205377251383294242011-08-18T22:18:00.000-07:002011-08-18T15:18:23.229-07:00Entrelinhas da Vida - Capítulo 4 (cont.) - "A menina do guarda-chuva"<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh-lILdD056PXCJ6kSXFMqASEa3vTdr9Qz3hd1uqc96qkabsb7pgMsCTBhEudqy9XGy8gtM32oSPR7f6uo1ij_XgcEeDpb1CXwIlbl7pWm51cJf2zJ2bZTM-i_fknJNL9ONdHySoa8R0o4/s1600/caminho+guarda+chuva.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh-lILdD056PXCJ6kSXFMqASEa3vTdr9Qz3hd1uqc96qkabsb7pgMsCTBhEudqy9XGy8gtM32oSPR7f6uo1ij_XgcEeDpb1CXwIlbl7pWm51cJf2zJ2bZTM-i_fknJNL9ONdHySoa8R0o4/s400/caminho+guarda+chuva.jpg" width="298" /></a></div><div style="text-align: justify;"> Temos o nosso grupo de amigos, o grupo de pessoas conhecidas, o nosso "mundo". Até que aparece mais alguém e quer queiramos quer não esse alguém passa a fazer parte do nosso "mundo" também.</div><div style="text-align: justify;"> Era tarde, quase noite e se durante o dia o tempo melhorou a tempestade prometia voltar nessa noite. Não era o tempo de alguém andar sozinho na rua principalmente não uma menina como a que andava pelo passeio com passos firmes e rápidos, provavelmente para a sua casa. Só que não era para a sua casa. </div><div style="text-align: justify;"> Já chovia, não torrencialmente, mas o suficiente para se molharem. Mas aquela menina, quem via pensava que era uma menina, mas também podia ser uma senhora baixinha, não era possível ver a sua cara pois ela segurava um enorme guarda-chuva vermelho que não permitia as pessoas verem a sua cabeça. Com uma mochila grande nas costas e uma malinha numa mão e um guarda-chuva no outro, a menina caminhava apressadamente sempre pela estrada principal. </div><div style="text-align: justify;"> Parecia muito certa do caminho que tinha de seguir, mas quando passou por um cruzamento ficou um bocadinho a olhar se devia ir para a direita ou a esquerda. Havia um clube na próxima casa da esquerda as músicas ouviam-se na rua. À porta do clube um jovem olhava a chuva.</div><div style="text-align: justify;"> A menina passou, depois parou e voltou para trás. </div><div style="text-align: justify;"> - Desculpe, pode me dizer onde onde fica isto? - perguntou, mostrando-lhe uma morada que tinha escrito num papel.</div><div style="text-align: justify;"> - É na próxima rua, a segunda casa da direita. Queres que te acompanhe até lá? Meu primo está lá dentro a cantar, coisa que não faço, e tenho de ficar aqui à espera, ainda vai demorar.</div><div style="text-align: justify;"> - Obrigada, não é preciso, vim sozinha até aqui também chego lá.</div><div style="text-align: justify;"> - Gosto do teu guarda-chuva. - o rapaz estava com vontade de meter conversa.</div><div style="text-align: justify;"> - Foi minha irmã que mo ofereceu há muitos anos.</div><div style="text-align: justify;"> A menina agradeceu novamente pela ajuda, o jovem loiro de olhos azul bebé sorriu e ela continuou o seu caminho.</div><div style="text-align: justify;"> Começou a chover torrencialmente e já estava escuro. A menina bateu à porta.</div><div style="text-align: justify;"> Anny que estava a ver Pretty Little Liars deitada no sofá levantou-se a pensar quem seria a segunda visita, depois de Maggie, naquele dia. Ao abrir a porta arregalou os olhos mostrando a sua surpresa: </div><div style="text-align: justify;"> - Larita!</div><div style="text-align: justify;"> - Maninha!</div><div style="text-align: justify;"> A menina pôs o guarda-chuva no chão, e já dava para ver a sua carinha sorridente, era uma menina com cerca de 15 ou16 anos de cabelo encaracolado escuro. Pôs o guarda-chuva juntamente com a mala e a mochila, deixando uma poça atrás de si e abraçou Anny.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div style="text-align: right;"> (continua...)</div> Ellenhttp://www.blogger.com/profile/11003219973923127825noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3566271479857266342.post-26067593932204107622011-08-15T17:55:00.000-07:002013-03-07T05:15:53.271-08:00Entrelinhas da Vida - Capítulo 4 - As coincidências continuam...<div style="text-align: justify;">
Se não tiveres mais nada a que te agarrar, resta a música. Nos momentos de alegria, de tristeza, de solidão, de desespero... Música é sempre um bom remédio. Pelo menos para algumas pessoas como Sue.</div>
<div style="text-align: justify;">
Às vezes nem é preciso estar-se alegre ou triste ou seja lá o que for, mesmo assim recorre-se à música.</div>
<div style="text-align: justify;">
Era um tarde quente, mas até que se estava bem à sombra da árvore. Sue, Sebastião e mais duas colegas de trabalho aproveitavam o resto do intervalo de almoço sentados a descansar à sombra no pequeno parque que ficava ao lado do hospital. Com tanto stress durante o dia todo, aquele bocadinho de descanso sabia mesmo bem. </div>
<div style="text-align: justify;">
Não estava ninguém por perto além deles os quatro e Sue tocava na sua guitarra. Quando eram músicas que todos conheciam, começavam a cantar e era uma alegria.</div>
<div style="text-align: justify;">
- Vamos combinar alguma coisa para este fim de semana já que estamos todos livres...</div>
<div style="text-align: justify;">
- Acho bem, conheço um clube muito giro com uma decoração diferente onde costumam cantar karaoke todos os segundos fins de semana, e quem quiser levar instrumentos pode. Cantam por equipas, e com a Sue na nossa os outros não têm hipótese.</div>
<div style="text-align: justify;">
- Sim, sim... Eu posso ir com vocês mas nem pensem que me vão ouvir cantar. Até parece que não me conhecem já...</div>
<div style="text-align: justify;">
- Então, também tocas e cantas aqui para nós, não existe razão para ser diferente lá. A nossa rica hora de almoço já chegou ao fim, vamos lá, não convém chegarmos atrasados.</div>
<div style="text-align: justify;">
E lá foram os quatro.</div>
<div style="text-align: justify;">
Os longos e cansativos dias passaram e finalmente chegou o fim de semana. Sábado à tardinha os quatro amigos foram ao clube que já estava bastante cheio e Sebastião inscreveu-os para cantarem.</div>
<div style="text-align: justify;">
- Não vale a pena meteres o meu nome aí, já sabes que não vou cantar. - disse Sue que estava atrás dele.</div>
<div style="text-align: justify;">
-Vá lá, só desta vez. Ninguém te conhece aqui. E vamos divertir-nos todos.</div>
<div style="text-align: justify;">
- Fico sentada a ver.</div>
<div style="text-align: justify;">
- Fogo, que teimosa... Já sei que não vais mudar de ideias, mas só para o caso de mudares meto o teu nome na mesma.</div>
<div style="text-align: justify;">
- Mais vale poupares a tinta da caneta.</div>
<div style="text-align: justify;">
Sue foi sentar-se numa mesa perto do bar e do palco enquanto os outros três foram lá para a frente para junto dos outros concorrentes.</div>
<div style="text-align: justify;">
Ainda não havia começado, quando alguém veio por trás dela e disse-lhe:</div>
<div style="text-align: justify;">
- Não vais cantar também? </div>
<div style="text-align: justify;">
Sue virou-se, aquela voz não lhe era estranha e de facto era Xavier que lhe falava.<br />
- Olá. Não vou não, só venho apoiar os meus amigos.<br />
Xavier sentou-se na cadeira livre ao lado dela.<br />
- Devias, dás cabo daquilo tudo.<br />
- Não dou não. E não gosto de cantar em público... Tu não participas?<br />
- Vou cantar sim, mas não tenho companhia, será eu sozinho contra outra equipa, a não ser que queiras cantar comigo.<br />
- Ahah, não obrigada.<br />
- Então ficas a beber aqui, vou lá para a frente, já sei que não é a mim que vais apoiar, mas vou fingir que sim. Deixa-me pagar-te alguma coisa, o que gostas?<br />
- Não é preciso, vai lá cantar, já vão começar.<br />
- Uma caipirinha para esta menina se faz favor. - Xavier fez o pedido, pagou e foi para junto dos outros concorrentes.<br />
Não eram assim tantos participantes, mas ainda havia alguns. Quer a equipa de Sebastião quer Xavier estiveram bem e passaram algumas eliminatórias até que calhou os dois cantarem juntos. Tinham de cantar 3 canções e quem tivesse a maior pontuação em duas delas passava a fase seguinte. Primeiro cantaram a Chasing Cars dos Snow Patrol em que a equipa de Sebastião venceu por muito pouco, depois a For the First Time dos The Script em que Xavier venceu também por muito pouco.<br />
Ambos olhavam atentamente para Sue enquanto cantavam como se estivessem cantando apenas para ela no meio da multidão e Sue mostrava que apoiava a sua equipa o que parecia deixar Xavier um pouco desiludido apesar de ele já estar à espera.<br />
Por fim chegou a última música e quando começou a tocar Sue riu-se e viu que Xavier também estava com um enorme sorriso. Era a Secrets dos One Republic. A música que Sue cantara na varanda quando "conheceu" Xavier.<br />
A diferença não foi muito grande, mas ainda assim Xavier ganhou passando a fase seguinte.<br />
Sebastião e as colegas foram ter com Sue e Sebastião disse meio a gozar meio a sério:<br />
- Aquele homem anda a perseguir-te. Vai para todos os lugares que vais tens de ter cuidado.<br />
- Claro, ele ia adivinhar que eu viria cá hoje...<br />
- Foi por tão pouco... Faltavas tu na nossa equipa.<br />
- Tiveram muito bem.<br />
Xavier conseguiu passar mais uma fase mas perdeu a seguir e quis vir para a mesa de Sue mas começaram a chegar mais gente e já não deu.<br />
Estava a tornar-se sufocante e Sue e os amigos decidiram ir embora. De qualquer maneira já era tarde.<br />
<br />
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(continua...)</div>
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<br /></div>
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<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/qHm9MG9xw1o?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
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Ellenhttp://www.blogger.com/profile/11003219973923127825noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3566271479857266342.post-40356798807105032992011-08-10T18:44:00.000-07:002012-11-04T07:20:53.488-08:00Entrelinhas da Vida - Capítulo 3 (cont.) - Anny e Maggie<div style="text-align: justify;">
- Vai tomar banho, há toalhas no armário e se quiseres eu posso emprestar-te roupa minha. - disse Anny enquanto lhe mostrava onde era a casa de banho.</div>
<div style="text-align: justify;">
- Obrigada, mas devias pensar melhor em levar pessoas estranhas a tua casa... Sabes lá que tipo de pessoa eu sou...</div>
<div style="text-align: justify;">
- Não tenho medo. Vou fazer qualquer coisa para comermos fica à vontade.</div>
<div style="text-align: justify;">
Meia hora depois Maggie e Anny estavam sentadas na sala a comer torradas com nutella enquanto Gastão, deitado aos pés de Maggie, pedia com uns olhos suplicantes um bocadinho de pão.<br />
- Não podes comer chocolate faz-te mal. - Maggie acariciou o pêlo molhado de Gastão que baixou a cabeça com cara triste.<br />
- Então que te aconteceu afinal para andares perdida na floresta no meio de uma tempestade?<br />
- Não tens de ir a algum lado? Encontrei-te pelo caminho e voltaste para a tua casa comigo...<br />
- Eu ia a caminho do trabalho mas a minha colega não me veio buscar portanto chegaria atrasada de qualquer maneira, não te preocupes. Hei de ir hoje a tarde. Ainda estás a sangrar da perna. - Anny foi buscar a caixa de primeiros socorros e tratou da perna dela.<br />
- Bem, queres saber a minha maravilhosa aventura? - Maggie encostou-se para trás no sofá, cansada, e começou a contar a sua história.<br />
- Estás cansada, se quiseres vai dormir um pouco e depois contas.<br />
- Eu aguento, aguentei até agora... Ontem fui visitar os meus avós e voltei à noite, vivo longe deles e quando estava a meio do caminho faltou a gasolina e fiquei parada, ainda consegui pôr o carro na berma e comecei a andar a procura do próximo posto de gasolina. Fui pelos caminhos desertos no meio dos serrados porque assim poupava uma hora de viagem, o que foi um erro porque não apanhava rede lá e também não passavam carros nenhuns. Pensei ficar de noite no carro e esperar pela manhã, mas pensei lembrar-me que se fosse pelo próximo cruzamento chegaria à estrada principal e havia um posto bem perto. Enchi-me de coragem e fui apesar da chuva que estava a ficar cada vez mais forte. é claro que me perdi, sou péssima em orientação, e quando dei por mim estava no meio da floresta e no meio da tempestade. Gritei, caí, pensei que iria ficar lá para sempre, até que amanheceu e encontrei-te a ti. E foi sem dúvida das piores noites da minha vida.<br />
- Coitada de ti... Tinhas voltado para o carro pelo menos ficavas abrigada... O cão não te ajudou a encontrar o caminho?<br />
- O Gastão? Coitadinho estava com mais medo do que eu, já é muito velhinho já não consegue cheirar muito bem... Olha obrigada por tudo, vou buscar gasolina e apanho um taxi até ao meu carro. És muito simpatica, vou recompensar-te pela ajuda.<br />
- Ah não é preciso, gostei muito de te conhecer, preferia que fosse noutra situação mas...<br />
- Havemos de combinar um dia para almoçarmos...<br />
- Ok, gostava muito.<br />
<br />
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(continua...)</div>
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Ellenhttp://www.blogger.com/profile/11003219973923127825noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3566271479857266342.post-50480714519379655952011-08-03T13:55:00.000-07:002011-08-16T11:27:14.737-07:00Entrelinhas da Vida - Capítulo 3 (cont.) - Um Encontro na Floresta<div style="text-align: justify;"> Esperar. Até quando? Anny encostou-se à parede de pedra que ficava ao lado da porta de entrada da casa mas endireitou-se logo pois a parede estava fria e húmida.<br />
Para variar, chegaria mais uma vez atrasada ao trabalho e iria ouvir um sermão do chefe mas por mais zangado que ele ficasse nunca a mandaria embora pois sabia que não encontraria igual tão depressa.<br />
Estava bastante frio depois da tempestade da noite e pelos vistos Anny não teria boleia nesse dia. Por vezes a colega de trabalho não aparecia sem avisar e Anny ficava pendurada à espera, como hoje.<br />
Com demasiado frio para estar quieta, Anny caminhou em direcção ao trabalho, caso a colega aparecesse apanhava-a. Que tempo estranho, não era suposto estar tanto frio nessa época e a chuva também prometia voltar de novo. Anny apertou o casaco à sua volta e começou a apressar o passo.<br />
Era triste, levantar-se tão cedo para não chegar a horas...<br />
- A minha vida precisa de uma mudança, estou farta disto tudo. - murmurou para si mas calou-se envergonhada quando um velhinho que passava na rua parou para escutar o que ela dizia.<br />
- Bom dia menina.<br />
- Bom dia. - Anny ainda apressou mais o passo até chegar aquele caminho de terra que passava pela floresta.<br />
Cheirava a terra molhada e a gasolina quando um carro passou por ela e Anny pensou que se calhar até não seria um dia tão mau assim.<br />
Ainda era um bocado longe até ao local de trabalho, pelo menos uma hora pelo mato. Um passeio sem incidentes, pelo menos era o que Anny pensava e esperava, mas nunca se sabe o que vai acontecer em qualquer momento, em qualquer lugar...<br />
Anny cantarolava enquanto ouvia "Dust in the Wind" no mp3 e por isso não ouviu logo quando alguém a chamou.<br />
De um cruzamento, vinha uma jovem senhora completamente molhada com um cão nos braços.<br />
Quando finalmente a ouviu, Anny aproximou-se daquela jovem que tremia de frio, com a roupa e o cabelo sujo de terra, olheiras profundas e as calças sujas de sangue numa perna.<br />
- Sabes dizer-me onde estou? Tou a caminho a noite inteira e completamente perdida com o meu óptimo sentido de orientação...<br />
- Vem, eu ajudo-te. Ainda temos de andar um pouco para sair daqui...<br />
- Não posso mais... Deixa-me descansar um bocadinho... Que noite...<br />
- Ok, mas é melhor nos despacharmos, precisas de mudar de roupa e tomar um banho quente, ainda ficas doente assim. Como te chamas?<br />
A jovem sentou-se no chão, afastando uma madeixa loira da cara e respondeu:<br />
- Podes crer, nunca precisei tanto na minha vida. Maggie.<br />
-Então que se passou para estares assim?<br />
<div style="text-align: right;">(continua...)</div><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"> </div>Ellenhttp://www.blogger.com/profile/11003219973923127825noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3566271479857266342.post-47956590039853968412011-07-23T20:30:00.000-07:002012-11-04T07:20:37.267-08:00Amigos<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-small;"> Estás junto de alguém, mas não fazes ideia até quando... Porque de um momento para outro chega a hora de dizer adeus. Vivemos uma vida inteira e conhecemos tantas pessoas durante essa vida e quantas são as que estão presentes sempre? Ninguém. Fazemos amigos na escola, dos quais ficamos longe quando vamos estudar fora, ou eles... Amigos na vizinhança que um dia vão mudar de casa, amigos enquanto somos jovens que vão casar, ter filhos, longe de nós... Irmãos que vivem na mesma casa que nós e um dia seguem a sua própria vida... Pais, filhos... </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-small;"> Amigos que gostamos tanto, mesmo que nunca o tenhamos dito, e que fizeram parte da nossa vida algum dia... </span><br />
<span style="font-size: x-small;"> Por vezes há aqueles amigos que tivemos e um dia perdemos o contacto com eles e até nunca mais os vemos pessoalmente, outros encontramos de novo, por vontade ou coincidência e a alegria é imensa e mesmo depois de tanto tempo sem contacto pessoal é como se sempre estivéssemos juntos. Outros, sentimos que houve mudança, da parte deles, da nossa parte e talvez haja alegria do reencontro mas já não existe aquela intimidade que houve um dia. </span><br />
<span style="font-size: x-small;"> Pessoas vêm, pessoas vão, amizades ficam outras também se vão... E é assim a vida.</span><br />
<span style="font-size: x-small;"> Mas no meio daqueles conhecidos todos que temos que talvez chegamos mesmo a chamar de amigos existem sempre aqueles que o são realmente. E esses, longe ou perto, muitos ou poucos anos, esses sempre estarão no nosso coração. E esses sabem, mesmo que nunca o tenham ouvido da nossa boca, que aquela frase "gosto muito de ti" é tão verdadeira.</span><br />
<br />
<span style="font-size: x-small;">Ellen </span><br />
<br /></div>
Ellenhttp://www.blogger.com/profile/11003219973923127825noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3566271479857266342.post-49931464021884838562011-07-11T14:57:00.000-07:002012-11-04T07:20:23.815-08:00Entrelinhas da Vida - Capítulo 3 (cont.) - A Sobrinha de Gonçalo<div style="text-align: justify;">
- O almoço está pronto.</div>
<div style="text-align: justify;">
Marta continuou a olhar pela janela fingindo não ouvir o tio. Chuviscava e o vidro estava embaciado. Marta limpou o vidro com a pequena mão e continuou a olhar para os campos que se estendiam até onde a vista alcançava. </div>
<div style="text-align: justify;">
Já passara uma semana e a mãe insistira com Gonçalo se ele não podia cuidar da criança mais alguns dias e ele não tivera coragem de dizer que não... </div>
<div style="text-align: justify;">
Marta tinha 5 anos e meio, era pequenina e magrinha, com expressão fechada, olhos tristes e era muito teimosa. Desde que viera, contra a sua vontade, ter com o tio, não falava mais do que o essencial e passava a maior parte do tempo a brincar sozinha debaixo da árvore no cume da colina.<br />
Gonçalo decidira passar as suas férias naquela casinha de madeira que pertencia a algum familiar dele, ou pelo menos alguns dias para descansar. Tentou ganhar a confiança de Marta sem grande sucesso. A miúda continuava apática como no primeiro dia.<br />
- Anda comer.<br />
- Não quero. Vem aí alguém.<br />
- Vem? - Gonçalo foi até a janela e ao ver quem era virou-se para a miúda e disse todo feliz enquanto a levantava ao ar:<br />
- É a May!<br />
Marta mostrou-se surpresa mas não se queixou por ele a levantar e abraçar, e se Gonçalo tivesse reparado naquele momento na cara da menina teria visto um quase sorriso.<br />
- Quem é a May?<br />
- Vou apresentar-ta. Anda. - Gonçalo pegou na mão de Marta e foi com ela até a porta.<br />
- Tu aqui! - Gonçalo não podia estar mais feliz com aquela surpresa. Não esperava vê-la tão cedo.<br />
May abaixou-se e disse sorrindo para a menina:<br />
- E tu deves ser a Marta.<br />
- Sim. - Marta olhava-a meia desconfiada mas sem se afastar.<br />
- Vieste na altura certa, fiz agora mesmo o almoço.<br />
Sentaram-se os três na mesa e quando May viu que Marta mal tocava na comida disse-lhe:<br />
- Tens medo dos cozidos do Gonçalo? Eu também tinha no inicio... Mas não te preocupes até é bom.<br />
- Medo? Quase que devoraste a comida quando cozi para ti a primeira vez.<br />
- Hahaha claro...<br />
Marta pensou uns segundos e começou a comer e pelos vistos gostou mesmo do que comia, até repetiu o prato.<br />
Nessa tarde quando Marta brincava lá fora, Gonçalo contou a May como estava a ser difícil lidar com a criança.<br />
- Estou tão feliz estares cá... Ela gosta de ti.<br />
- Achas?<br />
-Tenho a certeza que sim.<br />
Olharam pela janela e viram uma criança que parecia alegre pela primeira vez a correr pela colina.<br />
<br />
<div style="text-align: right;">
(continua...)</div>
<br /></div>
Ellenhttp://www.blogger.com/profile/11003219973923127825noreply@blogger.com1