domingo, 3 de abril de 2011

Entrelinhas da Vida - Capítulo 1 (cont.) - Desejo de Criança

     As pessoas aproveitavam o belo dia para passear, fazer compras, arejar e apanhar um pouco de sol. Estávamos  no início da Primavera, e Maggie descia a rua para o centro da cidade, conversando alegremente com a avó que decidira acompanhá-la.
    A avó olhava para a sua neta já tão crescida e lembrou-se de um acontecimento passado já há muito tempo, quando Maggie ainda nem tinha 3 anos. Numa certa tarde de Verão, passeavam ambas à beira rio, Maggie toda fofa com os seus ténis novos, e com a expectativa do gelado que receberia em breve quando chegassem à barraca. As esplanadas estavam cheias de gente, e no entanto tudo parecia envolto numa estranha solidão... Os músicos tocavam na rua e Maggie parava cada vez que via um e ficava a ouvir até a avó insistir para continuarem.
     Finalmente chegaram à barraquinha dos gelados e Maggie recebeu o seu prometido gelado. Estavam muitas pessoas na fila e ela afastou-se um pouco de sua avó que ficara a comprar o seu. Num banco, sentada sozinha, uma jovem chorava. Maggie aproximou-se dela e perguntou, tocando-lhe de leve para chamar a sua atenção:
     - Porque choras?
     A jovem mulher, nem se deu conta daquela criança que chamava por ela, mas depois viu-a e respondeu-lhe depois de pensar um pouco:
    - Alguém decidiu acabar com o meu sonho... Ou se calhar nem todos os sonhos são para serem concretizados...
     - Não fiques triste... Queres um gelado? Quando tou triste e como gelado fico sempre melhor.- disse a pequena  Maggie estendendo-lhe o seu.
     A jovem ficou a olhar para aquela menina tão pequena e ao mesmo tempo tão grande sem deixar de sorrir.
     - Obrigada, mas fica tu com ele.- respondeu, passando a mão num gesto carinhoso pelo cabelo de um loiro quase branco de Maggie.
     Entretanto a avó que vira tudo, chegou e levou Maggie consigo, explicando-lhe mais uma vez que não se falava com estranhos no caminho.
     De volta a caminho de casa, Maggie estava estranhamente calada. E depois disse, com toda a seriedade que uma criança de 3 anos poderia ter, aquela frase que sua avó se lembraria por muito, muito tempo:
     - Quando eu for grande quero ajudar pelo menos uma pessoa a realizar o seu sonho.


(continua...)

3 comentários:

  1. :) tao giro

    ainda bem k n preciso esperar ser grande :P

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  2. oieee!!! tambem tenho blog, mas nao com coisas tao interessantes como o que escreves aqui.. é simplesmente para passar o tempo e ter alguma companhia :D lol... olha la, tenho lido o que escreves, mas.. e a continuaçao das historias? o desfecho hein???
    beijos e queijos

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  3. ola fofica! eu perdi os coneudos anteriores pk mudei para o novo layout do blogspot e fiz asneira lolololool eu so escrevo babuseiras... :D mas entao vou continuar a ler a tua historia!! tou super curiosa com o desenrolar d mesma! :D

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