“Nunca desistas de tentar alcançar a lua pois o pior que pode acontecer é ires parar a uma estrela.”
May escrevia debruçada sobre o seu caderno sentada na relva na descida da colina, de pernas cruzadas, olhando de vez em quando para o céu que escurecia demasiado rápido prometendo chuva para breve.
Um lugar à parte do mundo, eis o que parecia, aquela encosta com uma pequena casinha de madeira com aspecto velho, ao pé de um enorme eucalipto que se erguia em direcção ao céu como se fosse o dono do Mundo. Parecia um lugar meio solitário, com apenas uma única árvore numa área grande e os campos abandonados onde começavam a florir as primeiras flores. Para May aquele era de certa forma o lugar secreto que lhe permitia esquecer o dia-a-dia, o lugar onde se respirava paz. Talvez no início houvesse a tendência de lhe chamar “um lugar onde o tempo parava”, mas May descobriu desde bem cedo que pelo contrário, era “um lugar onde o tempo decidia ganhar a corrida de velocidade”.
May olhou para o seu lado onde estava Gonçalo, de olhos fechados, deitado na relva, com ar cansado e feliz. Adivinhando que estava a ser observado, Gonçalo abriu os olhos e perguntou sorrindo:
- O que estás a escrever?
- “Nunca desistas de alcançar a lua pois o pior que pode acontecer é ires parar a uma estrela”. Li isto algures e gostei… Não deixa de ser verdade.
- Hum, e eu sou o quê? A lua ou uma estrela?
- Tu sabes. - May riu-se e deitou-se também e ficaram ambos a olhar o céu que trazia uma nuvem escura e pesada, em silêncio. Não havia nem uma única brisa que movesse as ervas do campo e estava um silêncio em que quase dava para ouvir o som do bater do coração.
- Se ficarmos aqui vamos apanhar uma bela molha.
- Não faz mal, assim ficamos os dois doentes e não vais trabalhar.
- Ah claro.
- Vem, a Martinha deve estar prestes a chegar. Estou ansioso para conhecer a minha sobrinha, depois de 5 anos.
Naquele momento mal sabia ele como a vinda da sua sobrinha afectaria a sua vida…
- Sim, eu também, mas tenho de ir embora… - disse May, sem se levantar e ambos continuaram deitados, até sentirem os primeiros pingos de chuva que se tornou rapidamente num temporal. Levantaram-se ambos de rompante e correram pela colina até a carrinha.
Marta chegou nessa noitinha. Ainda chovia torrencialmente e quando Gonçalo abriu a porta depois de ouvir bater, viu uma menina completamente molhada, que chorava compulsivamente agarrada à mãe.
Gonçalo lembrava-se vagamente da sua cunhada, já não a via há anos e ao vê-la novamente, lembrou-se que nunca a achara simpática.
- Vá Marta, a mãe tem de ir embora, ficas bem aqui com o tio. – disse enquanto a empurrava impacientemente.
- Não quero, não quero, não quero. - a menina agarrava-se com toda a força a perna da mãe.
Depois de algum tempo, a mulher finalmente conseguiu que a miúda a largasse e foi-se embora rapidamente.
Mais tarde Gonçalo lembrou-se do quão estranho tinha sido o facto da miúda chegar completamente molhada enquanto a mãe estava bem seca.
Entretanto, Marta tornara-se apática e sem dizer uma única palavra, trocou de roupa depois de Gonçalo insistir várias vezes. Depois sentou-se ao pé da janela e ficou a olhar a rua, com a cara apoiada nas mãos.
Gonçalo tentou muitas vezes meter conversa com ela mas sem resultado. Depois do jantar que ela mal tocou, Marta foi-se deitar e Gonçalo ficou a imaginar se ela estaria a dormir ou apenas a fingir que dormia. E mais uma vez sentiu-se perdido e pensou como seria bom se May estivesse com ele naquele momento. Não apenas naquele momento mas sempre.
May escrevia debruçada sobre o seu caderno sentada na relva na descida da colina, de pernas cruzadas, olhando de vez em quando para o céu que escurecia demasiado rápido prometendo chuva para breve.
Um lugar à parte do mundo, eis o que parecia, aquela encosta com uma pequena casinha de madeira com aspecto velho, ao pé de um enorme eucalipto que se erguia em direcção ao céu como se fosse o dono do Mundo. Parecia um lugar meio solitário, com apenas uma única árvore numa área grande e os campos abandonados onde começavam a florir as primeiras flores. Para May aquele era de certa forma o lugar secreto que lhe permitia esquecer o dia-a-dia, o lugar onde se respirava paz. Talvez no início houvesse a tendência de lhe chamar “um lugar onde o tempo parava”, mas May descobriu desde bem cedo que pelo contrário, era “um lugar onde o tempo decidia ganhar a corrida de velocidade”.
May olhou para o seu lado onde estava Gonçalo, de olhos fechados, deitado na relva, com ar cansado e feliz. Adivinhando que estava a ser observado, Gonçalo abriu os olhos e perguntou sorrindo:
- O que estás a escrever?
- “Nunca desistas de alcançar a lua pois o pior que pode acontecer é ires parar a uma estrela”. Li isto algures e gostei… Não deixa de ser verdade.
- Hum, e eu sou o quê? A lua ou uma estrela?
- Tu sabes. - May riu-se e deitou-se também e ficaram ambos a olhar o céu que trazia uma nuvem escura e pesada, em silêncio. Não havia nem uma única brisa que movesse as ervas do campo e estava um silêncio em que quase dava para ouvir o som do bater do coração.
- Se ficarmos aqui vamos apanhar uma bela molha.
- Não faz mal, assim ficamos os dois doentes e não vais trabalhar.
- Ah claro.
- Vem, a Martinha deve estar prestes a chegar. Estou ansioso para conhecer a minha sobrinha, depois de 5 anos.
Naquele momento mal sabia ele como a vinda da sua sobrinha afectaria a sua vida…
- Sim, eu também, mas tenho de ir embora… - disse May, sem se levantar e ambos continuaram deitados, até sentirem os primeiros pingos de chuva que se tornou rapidamente num temporal. Levantaram-se ambos de rompante e correram pela colina até a carrinha.
Marta chegou nessa noitinha. Ainda chovia torrencialmente e quando Gonçalo abriu a porta depois de ouvir bater, viu uma menina completamente molhada, que chorava compulsivamente agarrada à mãe.
Gonçalo lembrava-se vagamente da sua cunhada, já não a via há anos e ao vê-la novamente, lembrou-se que nunca a achara simpática.
- Vá Marta, a mãe tem de ir embora, ficas bem aqui com o tio. – disse enquanto a empurrava impacientemente.
- Não quero, não quero, não quero. - a menina agarrava-se com toda a força a perna da mãe.
Depois de algum tempo, a mulher finalmente conseguiu que a miúda a largasse e foi-se embora rapidamente.
Mais tarde Gonçalo lembrou-se do quão estranho tinha sido o facto da miúda chegar completamente molhada enquanto a mãe estava bem seca.
Entretanto, Marta tornara-se apática e sem dizer uma única palavra, trocou de roupa depois de Gonçalo insistir várias vezes. Depois sentou-se ao pé da janela e ficou a olhar a rua, com a cara apoiada nas mãos.
Gonçalo tentou muitas vezes meter conversa com ela mas sem resultado. Depois do jantar que ela mal tocou, Marta foi-se deitar e Gonçalo ficou a imaginar se ela estaria a dormir ou apenas a fingir que dormia. E mais uma vez sentiu-se perdido e pensou como seria bom se May estivesse com ele naquele momento. Não apenas naquele momento mas sempre.
(continua…)
helá :) gostei das 2 ultimas frases. Não apenas dessas mas de todas xD haha.
ResponderEliminarmt bem, continua freundin!
Ai May May, q é q vai ser de ti :O
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